sábado, 29 de outubro de 2016

8ª Mensagem: ROSTOS DA BONITA TERCEIRA IDADE - Jantar de idosos de 2007

ROSTOS DA BONITA TERCEIRA IDADE




O Dia Mundial da Terceira Idade celebra-se 28 de outubro.







Alguns deles já partiram  mas...
  "Todos aqueles que deixaram boas sementes e bons frutos nunca chegaram a envelhecer e jamais irão desaparecer."


Vejam as imagens destes rostos da bonita terceira idade
tiradas em 2007,durante o jantar anual destes jovens sem idade.






O seu vídeo será apresentado em: https://youtu.be/V_JF5J0FuHs


A idade está nos livros que leu, nos erros que se cometeu, nos amores que conheceu, nas oportunidades que perdeu, em tudo que se viveu…
                                                                                                                               (Pasini)


Não importa qual seja a sua idade atual: 
moço, meia idade ou velho.
 A sua idade é um estado da sua mente e os seus interesses devem sempre estar voltados para o futuro,
 para a frente,
 para o amanhã.











sábado, 18 de junho de 2016

7ª Mensagem- fotos e mensagens de antigos alunos - amizade e agradecimento

As sementes do conhecimento deixadas pelos nossos professores espalharam-se pelo mundo. 
Depois do nosso 1º encontro, os que não puderam estar presentes não quiseram deixar passar este momento em silêncio. 
  Alguns enviaram-nos fotos tiradas na escola. 

Foto enviada por Fátima Mota (Marselha- França)- turma de 1989 com a professora Celeste







                                   Fotos enviadas pela D. Ilda Conceição Silva (Carriço)





Estas são as imagens das últimas crianças que estiveram nas escola. Estas fotos ainda são as que constam nos livros de ponto existentes na salas já vazias de sorrisos  da criançada.....










Depois do encontro  de alunos e professores temos recebido também mensagens e fotos que demonstram a enorme gratidão para com os professores e amizade  de todos os que  passaram pela escola primária do Casal da Quinta.

Assim escreveu a Fátima Mota (Marselha - França):

"Lembro-me como se fosse hoje do meu 1° dia de aulas na escola do Casal da Quinta. Tinha apenas 5 anos mas a coisa que mais queria era ir para a escola, ter uma professora, aprender!
A Dona Celeste correspondeu exactamente à imagem que eu tinha de uma professora: muito exigente mas com tanta coisa para me ensinar! Sentou-me na primeira fila ao lado da Cristiana, mas apenas como espectadora pois eu não tinha oficialmente direito de estar ali.
Os dias foram passando, a excitação de ir para a escola nunca desapareceu e a admiração pela Dona Celeste aumentando. Lembro com saudade os 4 anos passados naquela escola, as aulas, as actividades, os recreios... Foi com imensa pena que vi a escola fechar.
Hoje, mais de 25 anos depois daquele 1° dia de aulas, continuo com a mesma curiosidade e sede de aprender. Depois de terminar o meu doutoramento no Porto, vim para França onde hoje sou investigadora na Universidade de Marselha. Já viajei muito, conheci muitas pessoas, até já fiz treino para astronauta... mas tenho a certeza que nada disto teria sido possível se não fosse tudo o que a Dona Celeste me ensinou.
Infelizmente não posso estar presente neste 1° encontro pois estou uma temporada nos Estados-Unidos a trabalhar, mas não poderia perder a oportunidade de deixar o meu testemunho! Espero que seja o 1° de vários encontros.

Um muito obrigada por tudo e um grande beijo de até breve**"




Escreveu a Sandrina Moreira (França): 

" Olá professora Adília, tenho imensa pena de não poder estar presente nesta tão grande homenagem, adorava voltar a vê-la mas neste momento encontro me no estrangeiro. Esta é a oportunidade perfeita para lhe agradece, pela mulher que é, pela sua postura séria e honesta e  por tudo o que me ensinou. Obrigado pelo puxão de orelhas que me deu e que ainda recordo hoje com carinho por me ter enganado na tabuada. Acredito que a sua vida de professora não foi fácil porque nós não éramos fáceis, mas agradeço lhe por tudo. Um grande, grande beijinho desta sua aluna."
Sandrina Moreira.



sábado, 11 de junho de 2016

6ª mensagem: Encontro de antigos alunos e professores da Escola Primária de Casal da Quinta

Foi no dia 4 de junho de 2016, pelas 4 da tarde (16 horas), que ocorreu o

   encontro de alunos e professores 
da
 Escola Primária de Casal da Quinta.





 No Clube desportivo e Recreativo do Casal da Quinta e na antiga escola viveram-se momentos únicos, recheados de alegria, emoção e amizade.



Os alunos eram oriundos dos lugares de Casal da Quinta, Bidoeira de Baixo e Carriço.

 Foram convidados cerca de 20 professores mas estiveram presentes apenas 14. 

Foi um dia há muito esperado e sonhado  e será inesquecível para quem o vivenciou.






Par quem não esteve presente e para quem esteve nessa festa improvisada e inesquecível,
 aqui está um filme de 24 minutos com imagens  narradas que contam a história do encontro
 e são acompanhadas com música de Carlos Paredes "Verdes anos".

"Verdes anos" foi os que vivemos na nossa escola com os nossos companheiros de carteira, com os nossas colegas, com os amigos e com as nossas inesquecíveis professoras.



Filme; 1º Encontro de alunos e professores da escola primária de Casal da Quinta

https://www.youtube.com/embed/3RX_MwMyG3A





Obrigado a todos os que tornaram este 1º encontro possível.

Não esqueçam que:
"Um professor semeia sementes do conhecimento que duram a vida inteira"









sexta-feira, 29 de abril de 2016

Jogar ao 1º de Maio - uma tradição da nossa aldeia


 

O 1º DE MAIO NA MINHA ALDEIA -        «JOGAR» AO MAIO*

   *« Jogar» ao Maio é uma tradição anual ainda hoje praticada, apenas por jovens rapazes, na aldeia de Casal da Quinta – Milagres –Leiria, na noite de 30 de Abril para 1 de Maio. O resultado desta tradição  (a «exposição efémera» de objectos «roubados») só pode ser observada na madrugada e manhã do primeiro dia de Maio.




   Na aldeia de Casal da Quinta, ainda hoje a tradição se cumpre na noite do 1º de Maio.
No passado, não muito distante, era costume, nessa noite, as pessoas colocarem flores e troncos de árvores nas portas dos vizinhos e nas terras cultivadas. Muitas vezes o tronco impedia a abertura das portas o que tornava a tradição numa brincadeira entre vizinhos!

                                      




 Hoje a tradição já não é bem o que era!

   Nesta noite, grupos de rapazes (e só mesmo rapazes solteiros!), percorrendo as ruas da aldeia, fazem o divertido «ROUBO» de todas as alfaias agrícolas e outros objetos ligados à agricultura que conseguem encontrar. São os carros das vacas, charruas, cangas das vacas, escadas, poceiros, foices e tudo mais que esteja à mão de semear! Tentam fazer tudo às escondidas, de modo a não serem descobertos pelas pessoas que irão «atacar»; as pessoas mais velhas e descuidadas, as que deixam nas eiras e barracões as alfaias e outros instrumentos ligados à agricultura.





Na véspera, os mais velhos tinham a preocupação de guardarem em local seguro os seus haveres, para que estes não fossem levados pela rapaziada. Muitas vezes ficavam de guarda toda a noite e chegavam mesmo a prender os cães  junto das suas coisas, para que eles  pudessem acusar a presença da malta.




Este jogo do esconde-esconde e esta «luta» entre novos e velhos prolonga-se pela noite fora e os rapazes não sossegam enquanto não conseguem «ROUBAR» algo aqueles que mais teimam em resistir!

Os objetos «ROUBADOS» eram depois levados pelos grupos de rapazes para sítios estratégicos, cruzamentos, adro da capela e, mais recentemente para junto do clube recreativo, e aí eram colocados  de uma forma confusa mas organizada, numa exposição efémera e muito rápida que só podia ser vista na madrugada desse dia.









Entretanto, os rapazes, depois do serviço feito e lá pela madrugada, desapareciam, indo descansar após o «trabalho» realizado!

Logo ao nascer do sol, os mais curiosos e as crianças principalmente, saltavam da cama e corriam a observar a «Exposição dos objetos roubados» e ver a cara bem disposta ou chateada das vitimas do «roubo» noturno. 




Estas verificam, no local da exposição, o que lhes havia sido levado e apressavam-se a ir procurar e buscar as suas coisas antes que elas fossem roubadas a sério! Além disso, as alfaias em exposição, muitas vezes, são necessárias para o trabalho agrícola e doméstico desse dia.








À hora do almoço já pouco ou nada restava daquela exposição que fazia rir os madrugadores e que muitas vezes «chateava» as vitimas que depois eram alvo de gozo por parte de todos.

   Esta tradição fazia com que a noite do 1º de Maio fosse mal dormida; os rapazes porque se divertiam nesta luta com os mais velhos e porque tinham o trabalho de «roubar» e de montar a «Exposição», o que era bem divertido; os mais velhos porque tentavam, durante quase toda a noite, proteger o que era seu e porque não conseguiam dormir com o barulho provocado pelos carros de vacas, pipas e limpadores de cereais a rodarem  pelas ruas fora; e muitas das crianças também dormiam pouco porque estavam curiosas de ver o resultado da brincadeira.



Talvez toda esta tradição fosse uma forma inteligente de obrigar todas as pessoas da aldeia a saírem da cama bem cedo. É que, segundo dizia o ditado popular, «Quem ficar com o Maio no cú, ficará com sono o ano inteiro», ou seja, quem se levantar tarde no 1º dia de Maio será preguiçoso todo o ano.

  Todos os anos a tradição se repete... Este «ROUBO» divertido e sem maldade é do agrado da rapaziada que, nesta «luta» com os mais velhos, sai quase sempre vencedora.


  
Sem se aperceberem, os que participam nesta tradição estão a participar num culto agrário que se baseia na «Luta» entre a morte e a vida, entre o bem e o mal e entre o adormecimento do Inverno e o despertar da Primavera.

 



   Com o progresso, a agricultura na aldeia está a deixar de ser praticada. Não falta muito para que os objetos e as alfaias agrícolas sejam desnecessários e deixados ao abandono.
Será que  quando isso acontecer jogar ao MAIO terá algum significado? Será que os jovens  irão recorrer a outros objetos? Será que tudo irá ficar no esquecimento? 

O futuro o dirá... 
                                


Campos floridos na Ribeira- Casal da Quinta


                       QUE A TRADIÇÃO CONTINUE A SER O QUE É, JÁ QUE NÃO É O QUE ERA!








                ..................          1º DE MAIO    ..........................

   O 1º de Maio não é só o 1º dia do 5º mês, segundo o calendário gregoriano.

   O 1º de Maio não é só o dia da festa internacional do trabalho, instaurada em 1889 para recordar cinco dirigentes operários de Chicago (E.U.A) que foram executados em 1887 por terem organizado uma greve geral em 1886.

   O 1º de Maio é também um dia, festejado desde a antiguidade, numa festa chamada MAIO ou MAIAS que celebra a renovação da natureza e o esplendor da Primavera.
  
   Pensa-se que a origem das consagrações florais do 1º de Maio tem uma forte ligação com as festas públicas romanas das «Florálias», festas dedicadas à Deusa Flora (Deusa da floração da primavera, dos cereais, das árvores e das flores) e onde se celebrava o renascer da vida na Primavera.
Ainda hoje é tradição em muitos pontos do nosso País colocar ramos de flores (algumas são mesmo as Maias ou Madresilvas) às portas das casas dos vizinhos e até mesmo nos campos e nas terras cultivadas.
Existem ainda muitas outras tradições e cultos agrários relacionados com flores, com a Primavera e com o renascimento da Natureza.
   Na demonologia medieval germânica, a noite do 1º de Maio corresponde a noite de valpurgis- noite povoada de bruxas que andavam pelo ar e praticavam obras infernais, uma herança na crença pagã nos espíritos nocivos do inverno e da morte. Devido à sua existência, tornava-se necessário purificar ritualmente a terra, no início do ano agrário – na primavera- daí as inúmeras manifestações e cultos ainda realizados em muitos países do mundo.







  Texto e fotos de Rosário Sousa
Fotos  de Maio tiradas nos anos 1985/ 1986/ 1987 e 2005

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Temporal de 19 de janeiro de 2013

Em 19 de Janeiro de 2013, a nossa aldeia de  Casal da Quinta, Milagres, Leiria bem como todo Portugal Continental foi afetado por uma depressão muito cavada com origem numa ciclogénese explosiva. Esta depressão, a que foi atribuído o nome “Gong”, resultou num temporal com rajadas de vento de aproximadamente 130 km/h.
Na manhã desse sábado as consequências do ciclone começaram a revelar a sua verdadeira dimensão: centenas de árvores partidas ou arrancadas,  estradas interrompidas, coberturas de telhados arrancadas, antenas caídas, falhas generalizadas na eletricidade e nas redes telefónicas fixas e móveis.

Uma pequena volta pela minha aldeia  revelou a devastação provocada por este acontecimento.  Eis algumas imagens de 19 de janeiro de 2013.















Para os mais velhos foi a devastação...





Para os mais novos, alheios aos prejuízos e danos foi uma animação...













Nesse dia... a  mãe natureza demonstrou a sua força...




E esse dia ficou na nossa memória... 



Somos muito pequeninos perante as forças da natureza!